Professor do IFSP, Câmpus Itaquaquecetuba, constrói protótipo de capacete para ser usado no tratamento de pacientes com COVID -19
Além das atividades relacionadas à docência, a pesquisa ocupa um lugar central no Instituto Federal e ela tem como enfoque atender às demandas da sociedade.
Diante do contexto atual causado pela pandemia, cada vez mais se faz necessário desenvolver dispositivos de assistência à respiração para atender pacientes em hospitais, especialmente aqueles acometidos pela forma mais grave da doença: a síndrome do desconforto respiratório agudo.
Com recursos financeiros próprios, o professor Diego Moreno Bravo construiu um protótipo de um capacete hermético de baixo custo, com a contribuição técnica do fisioterapeuta intensivista Paulo Vitor Cavalcanti da Nóbrega.
Após a conclusão da confecção do protótipo, o Professor Diego enviou o equipamento para ser testado inicialmente no Hospital Guadalupe, localizado na cidade de Belém, no estado do Pará. O Hospital Guadalupe foi escolhido por ter sido a primeira instituição de saúde, dentre as instituições contatadas, a autorizar os testes em pacientes, por meio de sua diretoria clínica e de seu comitê de ética.
De acordo com o fisioterapeuta Paulo Vitor Cavalcanti da Nóbrega, o capacete apresentou resultados extremamente positivos, uma vez que, em pouco tempo, os pacientes apresentaram recuperação expressiva em seus quadros de saúde e receberam alta da UTI.
O dispositivo viabiliza a aplicação de protocolos não invasivos de ventilação mecânica, oferecendo segurança aos profissionais da área de saúde que atuam no combate à doença, possibilitando ainda que um único ventilador mecânico seja usado no tratamento de múltiplos pacientes (um paciente de cada vez), em sessões individuais cujas durações dependem da tolerância do paciente à terapia, durando normalmente de uma a duas horas, com cerca de três sessões por dia.
Veja abaixo as fotos do capacete feito pelo Professor Diego, bem como de outros exemplares que já estão sendo replicados em Belém e Macapá.